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Educação emocional nas escolas: como cuidar do coração dos alunos no dia a dia

Introdução

Você já parou pra pensar no que sente uma criança quando chega na escola com o coração apertado? Ou como um adolescente lida com tantas mudanças dentro e fora dele, ainda mais depois de tempos tão difíceis como os que vivemos na pandemia?

Eu já vi de perto como os olhos de um aluno brilham quando ele se sente ouvido, ou como se fecham quando ele está perdido nas emoções. É por isso que hoje quero conversar com você sobre algo muito especial: a educação emocional nas escolas. Não é só ensinar português ou matemática, mas ajudar os alunos a entender o que sentem e a lidar com isso de um jeito saudável.

A educação emocional nas escolas é como uma ponte que ajuda crianças e jovens a atravessarem os momentos difíceis sem se perderem no caminho. Depois de tudo que o mundo passou nos últimos anos, com isolamento, medo e incertezas, nunca foi tão importante falar sobre isso. Então, que tal a gente sentar juntos e entender como isso funciona?

O que é educação emocional de verdade?

Para começar, deixa eu te contar o que é isso de educação emocional. Não é nada muito complicado. É ensinar às pessoas, principalmente às crianças e adolescentes, a ponderar o que são sentimentos, tipo raiva, tristeza, alegria ou medo, e aprenderem o que fazer com esses sentimentos. Não é para ignorar ou engolir tudo, mas sim para entender e cuidar disso de um jeito que não machuque ninguém, nem elas mesmas.

Por exemplo, imagine uma criança que está brava porque perdeu um jogo na escola. Se ninguém conversar com ela, ela pode acabar quebrando algo ou brigando com um amigo. Mas e se um professor, amigo ou familiar ensina ela a parar, respirar fundo e falar o que está sentindo, vai ajudá-lo bastante. Isso é educação emocional: ajudar a controlar e gerenciar as emoções, para que elas não virem um problema.

Por que a educação emocional nas escolas ficou tão importante depois da pandemia?

Agora você pode estar pensando: “Está certo, mas por que isso está sendo tão falado agora?”. Bom, a pandemia mexeu com todo o mundo. As crianças não podiam ir para escola, brincar com os amigos ou até sair de casa direito. Muitos adolescentes sentiram medo, saudade ou até uma tristeza que não sabiam como explicar.

Quando as aulas reiniciaram, muita gente percebeu que os alunos não estavam iguais. Alguns ficaram mais quietos, outros mais nervosos. É como se as emoções deles tivessem virado uma bola de neve que não parava de crescer.

Por isso, a educação emocional nas escolas tornou-se uma necessidade. Não dá para fingir que está tudo bem e só ensinar matérias. Precisamos ajudar os alunos a lidar com o que sentem, para que possam aprender a viver melhor.

Estudantes adolescentes conversando com a professora no corredor da escola. Exemplo de educação emocional na escola.

Como funciona a inteligência emocional na prática?

Quando a gente fala de educação emocional, uma palavra que aparece bastante é “inteligência emocional”. Não se assuste com o nome! É só um jeito de dizer que uma pessoa sabe cuidar bem das próprias emoções e entender os outros também. Vou te dar um exemplo para ficar mais claro.

Pense em um aluno que está nervoso porque vai apresentar um trabalho na frente da turma. Se ele tem inteligência emocional, ele consegue perceber que está com medo, respirar fundo e pensar: “Tá tudo bem, eu treinei pra isso”. Ele não deixa o nervosismo tomar conta. E mais: ele também percebe se um colega está chateado e oferece uma palavra de apoio.

Isso não nasce com a gente. É algo que se aprende, e a escola pode ser o lugar perfeito para ensinar. Professores, pais e até os próprios amigos podem ajudar mostrando como é importante falar sobre o que sente e encontrar maneiras de lidar com isso.

Aqui vai uma tabela pra te mostrar como a inteligência emocional aparece no dia a dia:

SITUAÇÃOCOMO FICA O ALUNO SEM TRABALHAR AS EMOÇÕESCOMO FICA QUANDO AS EMOÇÕES SÃO TRABALHADAS
Aluno leva bronca na aulaFica bravo e grita com o professorRespira fundo e tenta entender o que aconteceu
Amigo não quer brincarChora e se isola no cantoConversa com o amigo para saber o motivo
Prova difícil pela frenteFique ansioso e não consiga estudarFaça um plano de estudo e peça ajuda se precisar
Tabela comparativa mostrando exemplos de situações escolares com e sem inteligência emocional, destacando comportamentos e soluções práticas.

Como colocar a educação emocional nas escolas?

Mas você deve está se perguntando: como é que isso entra na escola de verdade? Não é só falar “vamos ensinar sobre emoções” e pronto. Precisa de ideias que funcionem no dia a dia, tanto para professores quanto para alunos. Vou te mostrar algumas formas simples que podem fazer toda a diferença.

Conversas em roda

Uma ideia bem legal é fazer rodas de conversa. Todo mundo senta junto e cada um pode falar o que está sentindo ou o que aconteceu de bom e ruim no dia. O professor pode começar contando algo dele, para deixar os alunos mais à vontade. Por exemplo: “Hoje eu acordei meio cansado, mas vim para cá e ver vocês me animou. E vocês, como estão hoje?”. Isso cria um espaço seguro para falar.

Atividades com arte

Outra coisa que funciona é usar desenhos, músicas ou teatros. Muitas Crianças e adolescentes se expressam assim! O professor pode pedir para elas desenharem como estão se sentindo. Um desenho com nuvens escuras pode mostrar que o aluno está triste e então o adulto pode conversar com ele para ajudar.

Pequenos momentos de reflexão

Também dá pra incluir momentos curtos no começo ou no fim da aula para pensar sobre as emoções. Tipo: “Hoje a teve brigas no intervalo, né? Como vocês acham que a gente pode fazer diferente amanhã?”. É rápido, mas ajuda muito.

Roda de conversa na sala de aula com alunos sentados em círculo e a professora ao centro.

Benefícios de cuidar das emoções dos alunos

Agora que você já viu como fazer, deixa eu te contar o que isso traz de bom. Porque não é só conversa, os resultados parecem de verdade! Quando a escola dá atenção às emoções dos alunos, várias coisas legais acontecem.

Primeiro, os alunos brigam menos. Eles aprenderam a falar o que sentem em vez de gritar ou bater. Segundo, eles ficam mais concentrados. Quando não estão preocupados ou com raiva, sobra mais espaço na cabeça para aprender coisas novas. E terceiro, eles criam mais vínculos com os colegas e professores. Isso faz com que a escola seja um lugar mais feliz pra todo o mundo.

Além disso, cuidar das emoções ajuda os alunos a crescerem mais confiantes. Eles começam a acreditar que podem enfrentar os problemas, porque sabem que não estão sozinhos e que alguém vai ouvir se precisarem.

Desafios para trazer a educação emocional para escolas

Mas nem tudo são flores, não é? Eu sei que colocar isso na escola não é tão simples assim. Tem alguns desafios que aparecem no caminho e é bom a gente conversar sobre eles para não desanimar.

Um deles é o tempo. Os professores já têm um monte de coisas para ensinar, além de diários, planos de aula, provas e correções que tomam conta da rotina pedagógica. Então, pode parecer difícil encaixar mais uma coisa no dia. Mas sabe o que eu penso? Não precisa ser uma aula inteira. Às vezes, 5 minutos de conversa já fazem diferença.

Outro desafio é que nem todo mundo está preparado para falar de emoções. Alguns professores podem até ficar com receio, pensando: “E se eu falar algo errado?”. Isso é normal! Ninguém precisa ser perfeito. O importante é ajudar e aprender junto com os alunos.

Como os pais podem ajudar nessa jornada?

Não é só na escola que isso acontece. Os pais também têm um papel enorme! Você, que está lendo, pode fazer muita coisa em casa pra ajudar os pequenos a lidar com as emoções. Não precisa ser nada muito elaborado.

Pai e um filho de cerca de 10 anos sentados em um banco conversando amigavelmente. Ilustração de como os pais podem ajudar a trabalhar a inteligência emocional.

Por exemplo, quando seu filho chegar da escola, pergunte como foi o dia dele. Mas não é só “tá tudo bem?”. Tenta ir mais fundo: “Você ficou feliz com alguma coisa hoje? Ou alguma coisa deixou você chateado?”. Mostre que você está ouvindo de verdade. Isso já ajuda ele a se abrir.

Outra ideia é dar o exemplo. Se você está triste ou bravo, fala isso pra ele. “Hoje eu estou um pouco chateado com um colega do trabalho, mas vou conversar com ele para resolver”. Assim, ele vê que sentir coisas ruins é normal, e que dá para lidar com isso.

Conclusão

Para encerrar nossa conversa, quero te dizer uma coisa: cuidar das emoções dos alunos não é só uma moda ou uma ideia bonitinha. É uma necessidade. O mundo está cada vez mais corrido, cheio de pressão e as crianças e adolescentes precisam de ferramentas para enfrentar isso. A educação emocional nas escolas é como dar uma bússola para eles, não impede os problemas, mas mostra o caminho para passar por eles.

Então, que tal começar aos poucos? Se você é professor, tente uma roda de conversa na sua sala. Se é pai ou mãe, puxa um papo com seu filho hoje mesmo. E se é só alguém que se importa com o futuro, espalha essa ideia por aí. Quem sabe assim a gente não constrói uma geração mais feliz e equilibrada?

E aí, o que achou? Conte-me depois se algumas dessas ideias te inspiraram ou se você já faz algo assim com os pequenos que conhece! Deixe seu comentário, compartilhe suas experiências e sugestões.

Leia também: Educação emocional: qual a importância para o contexto escolar?


Referências Bibliográficas

GOLEMAN, D. Inteligência emocional: a teoria revolucionária que redefine o que é ser inteligente . 2. ed. Rio de Janeiro: Objetiva, 1996.

NUNES, FS. Educação emocional na prática: estratégias para o ambiente escolar . São Paulo: Cortez, 2021.

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